O MPLA defende que as reivindicações dos trabalhadores, por mais legítimas que sejam, não podem impor risco a solvabilidade das contas pública, nem colocar as empresas e famílias numa situação que as impossibilite de pagar salários, o que redundaria num clima de desemprego generalizado.

JORNAL FAX – PEDRO VICENTE

O partido no poder solidarizou-se, esta segunda-feira, 18, com as reivindicações dos trabalhadores, compreendendo a necessidade de harmonizar e equilibra-las com a sustentabilidade das empresas e das famílias.

Em conferência de imprensa, o porta-voz do MPLA, Esteves Hilário, que leu declaração do Bureau Político do MPLA, disse que as reivindicações dos trabalhadores, por mais legítimas que sejam, não podem impor risco a solvabilidade das contas pública, nem colocar as empresas e famílias numa situação que as impossibilite de pagar salários, o que redundaria num clima de desemprego generalizado.

“O Bureau Político do Comité Central do MPLA exorta, assim as centrais sindicais a privilegiarem o diálogo como forma de resolução dos pontos divergentes do caderno reivindicativo, voltando para o efeito a mesa de negociações”, diz a declaração do órgão máximo do MPLA, apresentada pelo seu porta-voz.

O MPLA, segundo o porta-voz, exorta por outro lado, ao cumprimento escrupuloso da prestação dos serviços mínimos as populações nos exatos termos da Lei, se e enquanto decorrer a grave.

O órgão exorta, outrossim, o Executivo a manter a postura de diálogo que vem manifestando, no sentido de serem encontradas as melhores soluções e que satisfaçam os interesses das partes, colocando sempre em primeiro lugar o interesse público.

“Apelamos a todos os angolanos e manter a calma e a serenidade, cientes de que o bom senso prevalecerá. Que este momento desafiador seja uma soberana oportunidade para fortalecimento dos lanços entre o Executivo e as centrais sindicais, visando um futuro próspero e harmonioso para todos os angolanos”, diz o MPLA.

Respondendo algumas questões colocadas pelos jornalistas, Esteves Hilário, garantiu que as reivindicações das centrais sindicais, já foram cumpridas pelo Executivo a 80 por cento, por isso, tem confiança, de não haver uma greve geral.

“Entendemos as dificuldades que os trabalhadores estão a enfrentar neste momento, não temos a capacidade para aumentar salários altos, uma situação que pode criar dificuldades na tesouraria”, disse frisando que o Executivo vai aumentar ordenados como querem os sindicatos, mas de uma forma faseada.

“O MPLA tem acompanhado com muita preocupação o processo negocial entre o Executivo e as centrais sindicais e tomou conhecimento a declaração da greve geral. O Executivo pensa resolver este problema de acordo com as exigências dos sindicatos, aumentando 25 por cento anualmente os salários.

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