Cidadãos nacionais e estrangeiros estão a “saquear” o município do Songo, província do Uíge, com exploração ilegal de ouro, que tomou contornos alarmantes.

Neste momento segundo autoridades locais, mais mil pessoas entre nacionais e estrangeiros já foram detidos.

 PEDRO VICENTE

Habitantes do município do Songo, na província do Uige, dizem que apesar das autoridades locais, terem denunciado existência de exploração ilegal de ouro nesta região, mas conhece pessoas envolvidos nesta actividade.

“Eles conhecem que financiam estes garimpeiros de ouro no município, onde a situação é gritante”, dizem os munícipes locais ouvidos pelo este jornal.

A extração ilegal de ouro no município do Songo, segundo alguns ambientalistas, está já a causar estragos na região, deixando um rasto de degradação ambiental, disparidade económica e agitação social.

A situação neste município está a tornar-se um problema crítico que ameaça não só o ambiente, mas também a saúde e os meios de subsistência de muitos habitantes.

Neste munícipio se as autoridades competentes se não tomarem medidas os agricultores correm o risco de perderem terras férteis para o espaço de exploração de ouro, levando a insegurança alimentar.

Para o sociólogo Ramos Ndima, as elevadas taxas de desemprego empurram os habitantes locais para a exploração mineira ilegal como meio de sobrevivência.

“Governantes aparecem no município do Songo deixando comida e outros produtos que entregam aos jovens para lhes explorarem o ouro, sob olhar das autoridades provinciais”, acrescenta o sociólogo Ramos Ndima.

Na sua opinião, o governo local, deve fazer cumprir a legislação sobre mineração e responsabilizar os infractores e a colaboração com organismos de segurança pode proporcionar o apoio e a supervisão necessários.

Refira-se que Songo é vila e comuna sede de um município corresponde ao mesmo nome, pertencente a província do Uige; O seu território apresenta-se em forma de um trapézio, ostentado aproximadamente por uma superfície de 2.800 Km².⁵⁵

Sengundo fontes, o nome “Songo” provém da denominação de um pequeno curso de água do Rio N’songo” onde os portugueses tiravam água para o seu uso e consumo, ignorado por Barata porque não cor.

A palavra NSONGO que traduzido de Kikongo para português significa  CÍUME.

Outras fontes afirmam que a localidade do Songo, recebeu o primeiro ancião identificado por Nkuka-dia-N’saku, um caçador proveniente de Madimba, uma comuna pertencente à Zaire, que depois de abater uma pacaça, permaneceu no local algum tempo onde se juntou com o outro ancião N’fuata (que deu origem o bairro Kinfuata), cuja cubata localizava-se no sítio onde está erguida a residência do ex-português chamado Fernando Faria.

Os ancestrais influentes que logo a chegada dos brancos nesta região tiveram os primeiros contactos directos com os portugueses, num momento tão crítico sem o conhecimento da língua portuguesa, são eles: Soba Ndenga (na regedoria do Denga; Soba Mussungo (na regedoria de Kimussungo); Soba Nsango-a-Mpumba (na regedoria de Banza Luanda); Soba Nkosi-a-Makaya (no Denga) e Soba Mazanga (no Kimalalo), respectivamente.

O município do N’Songo, foi fundado há 21 de Abril de 1921, por António Cordeiro de Oliveira. O município foi elevado à categoria de Concelho de Administração no dia 27 de Julho de 1960, mas foi a 4 de Abril de 1923 que os primeiros portugueses se fixaram no território.

Com a presença colonial na região e suas implicações nas localidades resultou em várias mudanças e que permaneceu até hoje.

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