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Um grupo de funcionários da Catoca denunciou a má gestão do PCA, Benedito Paulo Manuel, e a desvalorização dos trabalhadores nacionais em detrimento dos estrangeiros. As acusações revelam uma insatisfação crescente entre os colaboradores, que se sentem ignorados e desrespeitados.

Os funcionários alegam que Benedito Paulo Manuel está em desacordo com a visão do presidente do país e tem direcionado os fundos da empresa de maneira incerta. Para tentar melhorar sua imagem, ele estaria investindo em prêmios internacionais e pagando influenciadores e sites para promover uma Catoca idealizada, que, segundo os denunciantes, só existe no papel.

É alarmante que a Catoca gastou milhões de kwanzas em prêmios  para a seleção de basquete, enquanto os funcionários enfrentam dificuldades financeiras e condições de trabalho precárias.

Os trabalhadores da Catoca prometem organizar uma série de manifestações se não houver um reajuste salarial e melhorias nas condições de trabalho. A insatisfação é crescente, e a pressão por mudanças está se intensificando.

Na semana passada, conforme noticiou o Repórter Angola, Sete ex-trabalhadores da Sociedade Mineria de Catoca, Lda, em representação de 143 ex trabalhadores, (muitos já falecidos), acusam a empresa de descartar-se das responsabilidades sociais, ao longo de mais de 16 anos nas minas, chegaram a contrair doenças crónicas e foram “mandados” para casa onde estão a morrer.

Segundo a carta os ex-trabalhadores que o reporter Angola teve acesso, “eramos um total de 143 elementos, colocados na Mina de Catoca, Lda com as funções de operadores de máquinas articuladas (buldózer, escavadeiras, camiões de carregamento, dos quais 43 já morreram por doenças adquiridas no serviço.

Em 2012 a empresa elaborou uma lista de trabalhadores que contraíram doenças crónicas (derivado de poeiras, ruído elevado das máquinas, com lombalgia, coluna vertebral e acidentes, que os tornou convalescentes, disse.

“Demos a nossa juventude, o nosso sangue, por mais de 16 anos de serviço nas minas de Catoca, na altura os postos médicos eram deficientes, assim como alimentação, a empresa forçou-nos a condição de convalescentes para depois nos despedir com indeminização de apenas tempo de trabalho”.

“Hoje já não servimos. Afinal onde é que contraímos estas doenças? Queremos ser indemnizados por esta razão. Temos família. Os falecidos deixaram viúvas e filhos”, reitera.

“Muitos de nós recorremos ao tribunal 2ª secção da sala do cível, mas foi um fiasco. Os processos encontram-se estagnados e os advogados desistiram”. As razões são desconhecidas, temos exemplos de processos como: 34/2023-A de José Boa; Proc. nº 17/92/11-B; Proc. nº 19/23/12 de Manuel Abrão; Proc. nº 12/46/24 – W do Rocha; Proc. nº 603/-A/2023 do André Morta.

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