Uma operação de desgaste contra Adalberto Costa Júnior (ACJ), presidente da UNITA, estaria em curso com o objectivo de enfraquecê-lo politicamente e impedir a sua candidatura às eleições de 2027.

Segundo informações obtidas, um grupo de 42 indivíduos foi mobilizado no dia 10 de fevereiro de 2025, para gravar entrevistas individuais com respostas programadas previamente escritas, todas direccionadas à deterioração da imagem do líder do maior partido da oposição.

De acordo com fontes, essa operação deverá continuar até 2027, com um número crescente de participantes. O grupo já teria aumentado para 300 jovens, recrutados na cidade do Huambo e arredores, e levado para uma fazenda em Chicala Cholohanga, pertencente a um empresário local.

No local, estariam a ser treinados em técnicas de desinformação e subversão, incluindo simulações de actos de rebelião que posteriormente seriam atribuídos à UNITA e a ACJ.

As denúncias indicam que os participantes da suposta operação teriam recebido 2 milhões de kwanzas em suas contas bancárias, além da garantia de emprego e moradia.

Entretanto, há relatos de que os beneficiários desses incentivos estariam a ser coagidos a seguir com a operação, sob ameaça de retaliação imediata caso se recusassem a participar.

A estratégia envolveria a criação de um cenário de instabilidade que poderia justificar acções repressivas contra a UNITA, ao mesmo tempo em que daria impulso a um novo partido político.

 O contacto do político já teria sido distribuído ao grupo para facilitar novas adesões ao partido.

Segundo informações obtidas no local, cada província terá pelo menos 300 jovens treinados para encenar acções de rebelião, que seriam posteriormente rotuladas como “rebelião da UNITA”.

A operação seria uma alternativa ao fracasso de uma tentativa anterior de envolver o deputado Liberty Chiyaka, que não obteve o impacto esperado.

Até o momento, não houve reação oficial da UNITA ou de Adalberto Costa Júnior sobre essas alegações. Entretanto, o caso levanta preocupações sobre o ambiente político e democrático em Angola, especialmente no período que antecede as eleições de 2027.

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