O especialista em Relações Internacionais Adalberto Malú entende que a política de deportação do governo norte-americano acarreta implicações socioeconómicas e diplomáticas relevantes.
O especialista explica que no caso concreto de Angola, este processo de deportação vai gerar potenciais desafios humanitários e socais, marcado, igualmente, por falta de emprego e de reinserção no mercado laboral.
Adalberto Malú acredita que do ponto de vista diplomático, a medida dos Estados Unidos pode gerar tensões com vários países, que podem interpretar as deportações como uma afronta levando uma escalada de retaliações económicas entre os Estados.
Já o politólogo Horácio Nsimba lamentou o facto de os cidadãos encontrarem uma Angola igual ou pior do que deixaram, alertando sobre as possíveis consequências como o desespero social que podem enfrentar, uma vez que muitos deles são até então os provedores de muitas famílias no país.
O politólogo defendeu uma mediação diplomática da embaixada angolana em Washington, no sentido de que os mais de 600 cidadãos nacionais sejam deportados condignamente.
Mais de 600 cidadãos angolanos que residem ilegalmente nos Estados Unidos da América serão repatriados de imediato, de acordo com um comunicado divulgado pela Agência do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos.
Angola consta da vasta lista de países, com cerca 662 cidadãos ilegais que serão mandados de volta para o solo pátrio.