O jornal português “Correio da Manhã” noticiou recentemente a execução de um homem de 35 anos, no pretérito dia 10 de Fevereiro, no bairro dos Navegadores, em Oeiras, Lisboa, Portugal, depois de ter sido alegadamente emboscado quando chegava à casa. O “Correio da Manhã” – que cita a Polícia de Segurança Pública (PSP) – liga a vítima a uma alegada máfia angolana existente em Portugal e que supostamente se dedica ao tráfico de drogas e a assaltos em regiões nobres como Cascais e Oeiras.

O matutino luso sublinha que a vítima foi executada (por indivíduos ainda não identificados) com um tiro no peito e quatro na cabeça. Ao redor do corpo da vítima estariam espalhadas várias cédulas de euros e kwanzas sujas de sangue. O que o periódico português não conta (por desconhecimento, certamente) é que a vítima,  em vida, atendia pelo nome de Benilson Bravo da Silva AKA Benny Tukayano e era prófugo da Justiça angolana por ter tido também as suas “impressões digitais” no famigerado caso “Cassule e Camulingue” como putativo agente do Serviço de Inteligência e Segurança de Estado (SINSE).

Benny Tukayano vivia asilado em Portugal há mais de dez anos e nos últimos tempos liderava uma seita religiosa. Benilson Bravo da Silva nasceu em Luanda aos 13 de Agosto. É filho de António Luís da Silva e Ana Bravo (já falecida). Era um agente do SINSE que, desde Dezembro de 2011, foi designado para se infiltrar no autodenominado “Movimento Revolucionário”, que, à época, se manifestava para que José Eduardo dos Santos abandonasse o poder.

 Tukayano Rosalino era o nome (fictício) que usava entre os membros do  Movimento Revolucionário. Rosalino era um nome enganoso. Mas a sua morte não é irreal. Aconteceu mesmo. E de forma (muito) violenta. Agora, eis, para terminar, a caprichosa pergunta: quem matou Benny Tukayano?

Você não pode copiar o conteúdo desta página