Os militantes e membros da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), acompanham com “muita preocupação”, o estado de saúde do presidente, Nimi a Nsimbi, que sofreu uma queda no quarto de banho, numa das unidades hoteleiras na cidade do Uíge, onde se encontrava em missão de serviço, na qualidade de membro do Conselho de Administração da Assembleia Nacional.

Segundo a fonte do Jornal Hora H, a queda do presidente da FNLA, teve maior impacto nos membros inferiores, o que obrigou a sua evacuação para a Espanha onde foi assistido.

Já em Angola e com dificuldades de locomoção, Nimi a Nsimbi, limita-se agora, a despachar os documentos do partido na sua residência, o que tem provocado, segundo alguns membros da direcção do partido, muitos constrangimentos.

Atendo o estado de saúde do presidente e a lentidão do vice-presidente, Benjamim da Silva na resolução dos problemas, militantes e membros, tencionam criar uma comissão de gestão com personalidades afectas ao Comité Central do Partido, para dirigir o partido.

“O objectivo não é a afastar o presidente Nimi-a Nsimbi, da direcção do partido. Ele é um homem de consenso no seio do nosso partido, mas o estado de saúde já não é boa para os futuros desafios”, disse uma fonte da direcção do partido, frisando que a comissão de gestão deverá findar o seu mandato até a realização do próximo congresso.

De acordo com a fonte do Jornal Hora H, o maior desafio da FNLA, é reorganização do partido fragilizado depois de mais de uma década de um conflito interno, que arruinou a organização e a reforma da democracia interna.

“Lá venhas as eleições autárquicas, embora sem a data e as gerais que terão lugar em 2027. É preciso, termos uma direcção do partido em condições de saúde aceitáveis e capaz de interpretar os sinais do tempo, sob pena de estarmos ultrapassados”, referiu a fonte.

Ele (Nimi a Nsimbi), reforça a fonte “pode estar sossegado e continuará ter os seus privilégios como presidente, mais a actuação no terreno, será da responsabilidade da comissão de gestão para dinamizar o partido”.

“Somos um dos principais movimentos de libertação de Angola do jugo colonial português. A posição do partido em Angola hoje, não é aquela que sonhamos”, lamentou a fonte acreditando que, com a nova revolução que será implementa, o partido voltará aos seus carris.

“O mais-velho estará melhor na Assembleia Nacional a repousar e não mais estar neste correr do partido”, concluiu.

 Refira-se que a FNLA foi fundado em 1954  com o nome de “União das Populações do Norte de Angola” (UPNA), assumindo em 1958 o nome de “União das Populações de Angola” (UPA). Em 1962, a UPA, ao absorver outro grupo anticolonial — o Partido Democrático de Angola (PDA) —, constituiu a FNLA.

A FNLA foi um dos movimentos nacionalistas angolanos durante a guerra anticolonial  de 1961 a 1974, juntamente com a UNITA e MPLA .

No processo de negociação da descolonização de Angola, em 1974/1975, bem como na guerra civil  de 1975 a 2002, combateu o MPLA ao lado da UNITA. Desde 1991 é um partido político cuja importância tem vindo a diminuir drasticamente, em função dos seus fracos resultados nas eleições legislativas desde 1992.

Nas últimas eleições gerais de 2022, conseguiu dois assentos na Assembleia Nacional.

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