O Executivo angolano vai conceder terrenos a empresários brasileiros e chineses para implantação de pólos de produção agrícola em diferentes províncias do país, entre as quais Malanje e Cuanza-Norte.

Nos terrenos, com uma dimensão de 800 mil hectares, vão ser instaladas fazendas para produzir e exportar, em grande escala, soja, milho, algodão, laranja, carnes (bovina, de aves e suína), entre outros produtos, que o Brasil e a China se destacam na sua produção.

Empresários dos Emirados Árabes Unidos, Qatar e Arábia Saudita também estão interessados em fazer o mesmo investimento em Angola, segundo o ministro da Agricultura e Florestas, Isaac dos Anjos, recentemente, num encontro com a Associação de Empresários e Executivos Brasileiros em Angola (AEBRAN).

Issac dos Anjos informou, citado pelo Portal do Governo de Angola, que os governos de Angola e do Brasil consertam medidas de estímulos à produção, que vão além da concessão da terra, e pretendem incluir as comunidades locais no processo produtivo.

O Fundo Soberano de Angola terá igualmente uma comparticipação das garantias do financiamento até a recuperação do investimento, com o início das exportações dos produtos.

Às entidades empresariais brasileiras, o ministro Isaac dos Anjos afirmou que haverá ainda o envolvimento de dois bancos angolanos para o financiamento das operações da logística interna e cobertura de custos locais por um período de três a cinco anos.

O presidente da Câmara de Comércio Angola Brasil (CCAB), Raimundo Lima, destacou o envolvimento do Banco de Desenvolvimento Económico e Social do Brasil para o financiamento dos equipamentos e da logística fundamental ao investimento a ser realizado nas províncias de Malanje e Cuanza- Norte, conforme entendimento mantido entre o ministro da Agricultura e Floresta, Isaac dos Anjos e seu homólogo brasileiro, Carlos Fávaro.

O ministro Isaac dos Anjos fez saber igualmente que Angola tem garantia para exportar para China 500 mil toneladas dos produtos excedentes e duplicar essa quantidade posteriormente.

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