O Chefe de Estado, João Lourenço, encorajou, esta segunda-feira, o novo ministro do Interior, Manuel Homem, a não ter medo da farda porque a força não está no uniforme e sim “na inteligência e na determinação dos homens”.
O Titular do Poder Executivo falava na cerimónia de empossamento de quatro novos membros do Governo, nomeados recentemente por Decretos Presidenciais.
João Lourenço disse confiar nas capacidades de Manuel Homem que, apesar de ser um civil, “vai dar num bom ministro do Interior”.
“Decidimos quebrar algo que tem sido tradição ao nomearmos um ministro do Interior civil, mas gostaria de lhe pedir que não tivesse medo da farda, não é na farda onde está a força, a força está na inteligência e na determinação dos homens”, exprimiu .
O Presidente da República conferiu ainda posse aos governadores das províncias de Luanda, Manuel Nunes, de Benguela, Manuel Nunes Júnior, ao secretário de Estado para a Administração, Finanças e Património do Ministério das Relações Exteriores, Osvaldo Varela, e a secretária de Estado para os Direitos Humanos e Cidadania do Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, Antónia da Cruz Yaba.
Ao novo governador de Luanda, o Chefe de Estado recomendou para dar continuidade aos trabalhos do seu antecessor, para a melhoria do saneamento básico e abastecimento de água potável à cidade capital .
De igual modo, João Lourenço solicitou ao novo governador de Benguela para dar atenção especial às áreas da produção do sal, indústria pesqueira e agricultura.
A propósito, destacou a importância do Corredor do Lobito, devido à dimensão daquela infra-estrutura no contexto nacional e internacional.
Ao secretário de Estado para a Administração, Finanças e Património do Ministério das Relações Exteriores, o Presidente da República exortou maior controlo ao vasto património do sector espalhado pelo mundo, sobretudo o imobiliário que serve às missões diplomáticas e consulares .
Enfatizou que esse património deve ser melhor gerido para que possa servir convenientemente às missões e o país. “Vamos lutar contra a degradação dessas infra-estruturas e procurar tirar o melhor aproveitamento possível delas”.
Ao departamento dos Direitos Humanos e Cidadania do Ministério da Justiça, o Chefe de Estado realçou que o sector sempre preocupou o Executivo pelo facto do país, no passado, ter vivido uma guerra prolongada e devastadora.
Segundo o Chefe de Estado, a defesa dos direitos humanos na situação de paz e de reconciliação entre os angolanos deve merecer a devida atenção.