A inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho é um tema fundamental para a construção de uma sociedade verdadeiramente justa e igualitária. Em Angola, apesar de existir legislação que assegura direitos às pessoas com deficiência, ainda enfrentamos uma realidade marcada por preconceitos, falta de acessibilidade e poucas oportunidades reais para que essas pessoas possam exercer suas atividades profissionais com dignidade.

É crucial entender que pessoas com deficiência não precisam de pena, mas sim de oportunidade. Deficiência não é sinônimo de incapacidade ou doença. Muitas vezes, as limitações impostas por uma deficiência podem exigir adaptações no ambiente ou na forma de trabalho, mas isso de forma alguma justifica a exclusão dessas pessoas das empresas e da sociedade produtiva.

Essas pessoas são seres humanos completos, com sonhos, responsabilidades, famílias para sustentar e o desejo de contribuir para o desenvolvimento do país. Elas têm direito ao trabalho digno e à inclusão social, assim como qualquer outro cidadão. Excluí-las por preconceito ou desconhecimento é negar direitos básicos e desperdiçar talentos importantes para o crescimento econômico e social do país.

O mercado de trabalho ainda apresenta muitas barreiras para a inclusão. A falta de acessibilidade física, a ausência de políticas internas que promovam a diversidade e o preconceito ainda são entraves que dificultam o acesso e a permanência dessas pessoas nas empresas. Para mudar essa realidade, é necessário que o governo, as empresas privadas e a sociedade civil unam esforços para implementar políticas efetivas que garantam treinamento, adaptação do ambiente de trabalho e conscientização sobre o valor da diversidade.A inclusão não deve ser vista como um favor ou ato de caridade, mas como um investimento no potencial humano e no desenvolvimento sustentável do país.

Oferecer oportunidades para as pessoas com deficiência é promover uma sociedade mais justa, com respeito às diferenças e à dignidade de cada indivíduo. Somente quando conseguirmos romper com os preconceitos e criar condições reais de inclusão é que poderemos afirmar que Angola está avançando na construção de uma sociedade verdadeiramente inclusiva e solidária.

Por Fernanda Luzembia

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