Em descontentamento à subida abrupta do preço do gasóleo e, consequentemente, do preço do táxi, a Associação Nacional dos Taxistas de Angola (ANATA) pretende paralisar os serviços de táxi durante três dias. Daí que, numa carta aberta divulgada esta terça-feira, 15, apela ao bom-senso dos gestores e proprietários das viaturas a não obrigarem seus motoristas a trabalhar no momento que estes forem chamados à paralisação total.
Se o bom-senso não for levado em conta, ANATA adverte que não irá se responsabilizar por qualquer dano que as viaturas, em circulação, sofrerem.
“…viemos convidá-los através desta carta aberta, que mergulhamos todos juntos para um mar de reflexão sobre o futuro da classe, apelando a não obrigar o seu motorista a trabalhar quando soar o apito da alvorada. Pois, o benefício desta luta é colectivo, e as associações não hão de se responsabilizar por qualquer dano causado em viaturas cujo o proprietário insistir em colocar na rua”, lê-se na carta.
A reacção é fruto de uma profunda reflexão por parte da classe taxista, que lamenta as constantes subidas dos combustíveis nos últimos tempos, sem que se olha para “o mercado do táxi que movimenta uma boa parte da economia angolana”.
Conforme a ANATA, esta subida tem causado um impacto muito negativo no setor do transporte público privado, levando a classe a uma tremenda falida, porque o que diz que respeita o parceiro não se importa com a situação e o caos que causa as medidas tomadas por eles.
“Ou lutamos hoje ou seremos sujeito a viver na lamentação infinita. Três dias de paralisação será melhor do que uma vida de escravidão”, concluiu.