O Governo autorizou a realização da manifestação agendada para este sábado, 12 de Julho, em protesto contra a recente subida do preço dos combustíveis, mas impôs restrições ao percurso inicialmente proposto pelos organizadores.
A manifestação, convocada por diversas organizações da sociedade civil, pretende sair do Mercado do São Paulo em direcção ao Largo da Maianga. Contudo, a Polícia Nacional apenas autorizou o trajecto entre o Cemitério da Santa Ana e o Largo das Escolas.
Apesar da limitação, os organizadores garantem que manterão a rota original, com partida marcada para as 10h00 no São Paulo.
“A manifestação é pacífica e tem como ponto de concentração o Mercado de São Paulo, com destino à Assembleia Nacional”, declarou Adilson Manuel, porta-voz das associações civis, sublinhando que o protesto visa unicamente contestar o aumento do preço dos combustíveis.
Segundo o porta-voz, “com a realidade do custo de vida e a subida dos combustíveis, a situação dos cidadãos é dramática”, apelando ainda à Polícia Nacional para que atue com “postura patriótica” durante o evento.
O protesto conta com o apoio de formações políticas como o PRA-JA Servir Angola e o Partido Liberal (PL).
Numa nota, o secretariado provincial do PRA-JA, em Luanda, exortou os seus membros e simpatizantes a participarem “ordeiramente” na manifestação. Já Luís Castro, líder do PL, confirmou a presença do partido e reforçou a necessidade de união: “É tempo de nos unirmos, de forma pacífica e firme, para exigir os nossos direitos, defender a democracia e construir um futuro mais justo para todos os angolanos.”
A mobilização ocorre num momento em que se multiplicam queixas da população contra o encurtamento de rotas por parte dos taxistas, sobretudo em zonas como Patriota, Benfica, Rocha Pinto, São Paulo, Desvio do Zango e Cacuaco.
O Serviço de Investigação Criminal (SIC) advertiu que irá responsabilizar criminalmente os motoristas que pratiquem essas acções, consideradas ilegais.