O arranque das provas finais nas classes de exame (6.ª e 9.ª) nas escolas privadas de Luanda foi marcado por atrasos e desorganização. Nas primeiras horas desta sexta-feira, 04, segundo dia dos exames, os directores das escolas privadas aguardavam pelas provas desde as 7h da manhã, mas apenas por volta das 10:30 receberam os enunciados da 9.ª classe. As provas da 6.ª classe, por sua vez, continuavam sem previsão de chegada até às 11h, tempo em que a equipa do Jornal Hora H deixou o local.

Segundo o calendário nacional, os exames deveriam iniciar às 9h, mas, até às 11h, muitos estabelecimentos de ensino ainda não tinham recebido os documentos oficiais. A situação gerou indignação entre os responsáveis escolares, deixando directores escolares frustrados com a logística do processo e classificaram o episódio como reflexo de uma má coordenação interna.

De acordo com informações recolhidas no local, pelo Jornal Hora H, a situação de atraso já havia ocorrido no dia anterior, mas o problema agravou-se nesta sexta-feira.

Os Directores afirmaram ter recebido a indicação de que os exames estariam a ser enviados a partir da Província do Bengo, enquanto outros apontaram falhas na Delegação Provincial da Educação liderada por Philomene Carlos, como origem do problema.

Durante a cobertura a TV Hora H, a equipa de reportagem foi inicialmente impedida de realizar o seu trabalho dentro da Delegação Municipal da Educação, sob a alegação de que seria necessária autorização prévia. Uma responsável da instituição afirmou que iria informar o director municipal da presença da equipa, convidando os jornalistas a aguardarem fora.

Pouco tempo depois, os directores, que aguardavam, na rua, há mais de duas horas, foram chamados para o interior da delegação, segundo um deles, numa tentativa de dispersar o grupo e aparentar normalidade na gestão do processo.

Um dos directores, sob-anonimato, revelou ter sido intimidado pelo director da delegação municipal depois de conceder entrevista à TV Hora H, apesar de o mesmo alegar não estar ciente da situação vivida no local.

O CONTRADITÓRIO E A MENTIRA DA DELEGADA DA EDUCAÇÃO DE LUANA PHILOMENA CARLOS

A TV Hora H tentou, ainda, contactar a Delegação Provincial da Educação de Luanda, mas não foi atendida por falta de agendamento prévio, Porém, optamos pela tentativas de contacto telefónico à delegada provincial da Educação de Luanda, Philomene Carlos, que inicialmente alegou não haver qualquer anomalia, assegurou que as provas decorreram dentro do horário estabelecido. No entanto, ao ser confrontada com os relatos no terreno, a responsável pediu um minuto para se inteirar junto do delegado municipal da Maianga. Minutos depois, enviou uma mensagem com o seguinte conteúdo:

 “AS PROVAS NO MUNICÍPIO DA MAIANGA DECORRERAM DENTRO DO QUE FOI ESTABELECIDO. NÃO SE IDENTIFICOU NENHUMA OCORRÊNCIA.”

A equipa da TV Hora H insistiu no contacto, mas recebeu como resposta uma nova mensagem da directora: “AGORA NÃO POSSO FALAR.”

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