O partido UNITA defende uma reestruturação da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), com vista à sua adequação às normas da SADC. A proposta foi reiterada durante a XI Sessão Ordinária do Comité Permanente da Comissão Política, realizada ontem, 10 de Abril, em Luanda, sob orientação do presidente do partido, Adalberto Costa Júnior.
Segundo a força política, a actual configuração da CNE não garante, do seu ponto de vista, os princípios de transparência e equidade nos processos eleitorais.
A UNITA sustenta, por isso, que a adopção de práticas mais alinhadas com os padrões regionais contribuiria para o reforço da confiança dos cidadãos nas instituições eleitorais e na estabilidade democrática do país.
Durante a sessão, o Comité Permanente manifestou-se também preocupado com o cenário socio-económico nacional, apontando desafios relacionados ao custo de vida, à saúde pública – com destaque para a epidemia da cólera –, e ao ambiente político.
O partido do ‘galo negro’ manifestou ainda a sua posição sobre os recentes acontecimentos ligados à liberdade de manifestação e à participação de convidados estrangeiros nos eventos por ele realizado, apelando ao diálogo e ao respeito pelos princípios democráticos.
VIDA INTERNA DO PARTIDO
Em relação à sua dinâmica interna, a UNITA destacou a realização das celebrações do seu 59.º aniversário, que incluíram actividades nas províncias do Leste, Benguela e Cabinda. Neste contexto, foi partilhada com a sociedade cabindense uma proposta legislativa sobre autonomia político-administrativa supramunicipal daquela circunscrição.
A reunião serviu, ainda, para aprovar os relatórios das actividades e de contas do partido referentes ao último trimestre, bem como para conferir posse a novos quadros que passam a exercer funções em várias províncias, numa lógica de ajustamento à nova divisão político-administrativa do país.