Assiste-se a contagem regressiva para as privatizações, através da venda de acções em bolsa, dos 15% que o Estado angolano detém de participação social de dois apetecíveis activos do Estado angolano: Unitel e BFA.

Trata-se, sem sombra de dúvidas, de duas empresas com boa saúde financeira em Angola.

Apesar de se continuar a vender a ilusão de que qualquer cidadão angolano pode candidatar-se à ter acções das respectivas empresas, informações fidedignas apontam que os mesmos “suspeitos do costume” posicionam-se para abocanhar dos respectivos activos.

Nesta altura, existem denúncias que dão conta que o dossiê está a ser “cozinhado”, à favor da nova elite, de modo a repetir o espectáculo desavergonhado, que ocorreu com o processo de privatização do BCI – Banco de Comércio e Indústria, que foi entregue de “bandeja” ao Grupo Carrinho Empreendimentos, por sinal o primeiro processo de privatização na bolsa de valores do país. 

O detentores dos novos monopólios estão ávidos em adquirir os activos a serem vendidos na Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA), no âmbito do Programa de Privatizações (PROPIV), como são os casos das duas empresas mais lucrativas do país, nomeadamente nos sectores das telecomunicações e financeiro. Por isso, tudo está a ser preparado ao detalhe.

Apelamos às entidades de direito para que haja justiça e maior transparência na privatização destes dois activos, descartando toda tentativa de transferir o património do Estado à favor de pessoas ligadas ao partido no poder.

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