A gestão do Ministro do Turismo de Angola, Márcio Lopes Daniel, tem sido alvo de crescentes críticas por supostos casos de nepotismo, desvio de recursos públicos e falta de planeamento estratégico. Denúncias apontam para uma gestão marcada por interesses pessoais e descaso com o desenvolvimento sustentável do sector.
Uma das principais acusações é a criação de uma política informal de desvio de 10% dos recursos do ministério para fins pessoais.
Essa prática, segundo fontes internas, teria sido implementada desde o início do mandato de Lopes Daniel. A transferência da gestão da INFOTUR, agência responsável pela promoção do turismo em Angola, para uma empresa privada de propriedade da esposa do ministro é outro ponto que tem sido alvo de críticas.
Além disso, o ministro tem sido acusado de realizar nomeações arbitrárias, privilegiando aliados políticos e familiares em detrimento de profissionais qualificados. A falta de experiência de alguns dos indicados para cargos de liderança no sector turístico tem gerado preocupações sobre a capacidade de gestão do ministério.
A busca por investimentos europeus, em um momento de crise económica no continente, também tem sido questionada. Críticos argumentam que essa estratégia demonstra uma falta de planeamento estratégico e um foco excessivo em interesses particulares.