Um grupo de trabalhadores afecto ao Porto de Luanda, manifestaram o seu descontentamento com a direcção da empresa, por via de uma manifestação pacífica, na passada quinta-feira, 28, defronte às instalações do Porto Seco, (terminal pertencente ao Porto de Luanda), localizado na zona do bairro Uíge, município de Luanda, em protesto aos despedimentos de cerca de 536 funcionários, pertencentes à referida empresa.

Segundo os trabalhadores, a manifestação diante do Terminal Portuário serve Como pedido de esclarecimento por parte da direcção do Porto, que é acusada de despedimento massiVo, sem os devidos esclarecimentos nem a observância das regras protocolares que se exigem.

O grosso do pessoal despedido, disseram os nossos entrevistados, fazem parte dos antigos funcionários da 5M, uma empresa que pertencia a GRN (Gabinete de Reconstrução Nacional) que, desde então, operou como um terminal marítimo, criada no ano de 2008,.para a reconstrução do país sob gerência da GESTFOUR (Agência de Recursos Humanos).

“No ano de 2012”, disse o senhor André, funcionário da referida empresa, foi desencadeada uma série de manifestações diante da base SONILS, devido à devido à irregularidades observadas pelos trabalhadores, pelo que, a GESTFOUR, foi substituída pela HRD (Gestão de Recursos Humanos.

Com a nova governação do país, em 2018, continuou o nosso entrevistado, a empresa foi alvo de uma auditoria por parte do Estado, tendo culminado com o arresto de bens.

“A gestão passou a ser coordenada por uma comissão, a MULT-USO, liderada pelo senhor Miguel Pipas que, mais tarde, passou para senhora Joana Costa, isto até ao ano 2021, período em que a gestão passou para uma nova Empresa gestora, a DP – WORD, mediante um concurso público”, disse.

“No momento do memorando de entendimento entre a DP – WORD e o Governo angolano, representado pelo ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu” disseram os manifestantes, “foi rubricado que 1286 funcionários, de diferentes áreas, tinham os seus postos de trabalho garantido mas’, continuaram, para o espanto de todos, apenas 750 foram integrados à nova Empresa (DP – WORD) e, 536 permaneceram no Porto de Luanda sob gerência da HRD, para posteriormente serem colocados na gerência.

No pretérito mês de Novembro do corrente ano, os funcionários, disseram ter se deparado com um comunicado afixado no Terminal do Porto Seco, espelhando o impedimento dos mesmos em continuar com os seus trabalhos.

“Fomos surpreendidos com um edital no passado dia 15 de Novembro, que declarava o nosso despedimento, sem aviso prévio, tentamos buscar explicações a entidade empregadora, mas fomos barrados”, lamentaram”, lançando um apelo as autoridades afins, no sentido de pormenorizar as razões dos afastamentos dos trabalhadores.

“Exigimos que nos seja esclarecido o que estará na base, uma vez que durante o memorando entre o Governo e a DP – Word, nos foi garantido pelo senhor ministro que os nossos postos de trabalho estavam garantidos. Oferecemos todo o nosso esforço na reconstrução do país, a maior parte das obras, sobretudo as centralidades foram erguidas com o nosso esforço, não é justo que tenhamos que ser colocados na rua feito cães, devem-nos explicações”, exigiram.

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