Aliança Rio Congo (AFC) avança que não está vinculada a decisões de reuniões “para as quais não foi convidada”, reclamando o diálogo directo com o Governo de Kinshasa.

A Aliança Rio Congo (AFC), movimento político-militar que integra grupos armados como o  M23, disse nesta Quinta-feira que não está vinculada a decisões de reuniões “para as quais não foi convidada”, reclamando o diálogo directo com o Governo de Kinshasa.

Num comunicado divulgado, a Aliança Rio Congo, conhecida pela sua designação francesa Aliance Fleuve Congo (AFC), felicitou todos os intervenientes que procuram uma resolução pacífica da crise no leste da República Democrática do Congo, depois do anúncio de um cessar-fogo entre o Ruanda e a RDCongo mediado por Angola, mas sublinhou que não está “automaticamente vinculada às conclusões de reuniões para as quais não foi convidada”.

A decisão foi tomada Terça-feira em Luanda, no âmbito da segunda reunião ministerial entre os dois países, na qual participaram a ministra de Estado e dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação Internacional e Francofonia da República Democrática do Congo (RDC), Théresé Wagner, e o ministro dos Negócios Estrangeiros do Ruanda, Olivier Nduhungirehe.

Segundo a AFC/M23, “as forças de coligação do Governo de Kinshasa habituaram-se a usar as diferentes tréguas e cessação de hostilidades para se reorganizarem e continuar a limpeza étnica e os seus ataques contra o povo martirizado e os seus defensores”.

O movimento, diz a Lusa, salienta que decretou um cessar-fogo unilateral a 07 de Março de 2023 “para dar uma oportunidade a uma solução pacífica para a crise” e tem apenas reagido aos ataques das forças congolesas “num quadro de autodefesa legítima”, disponibilizando-se a reagir positivamente a uma “mudança de postura”.

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