A exploração desenfreada dos inertes na província do Bengo por parte das empresas chineses e não só sediadas na capital do País, deixando sem benefícios a população local, preocupa e como consequências as questões ecológicas.

JORNAL FAX: PEDRO VICENTE

Visto, há muito, como um negócio lucrativo no País, a exploração e venda de inertes destinados à construção civil têm atraído a atenção de empresas e particulares.

Areia, burgau, pedras e calcário, recursos naturais utilizados na construção civil, continuam a ser explorados por pessoas singulares e por várias empresas, em todo o País, sem se avaliar o impacto ambiental junto das comunidades residentes ao redor das áreas em que são extraídas.

De 24 em 24 horas, na estrada Luanda Bengo, são vistos centenas de camiões carregados de inertes com o destino a capital.

“Já nos roubaram os municípios de Icolo e Bengo e Kissama, continuam ainda saquear as riquezas da província sem a contrapartida das nossas populações”, lamentam os habitantes locais.

“A exploração ilegal de inertes protagonizadas por empresas e indivíduos é um fenómeno que tem estado a tomar contornos preocupantes nos últimos anos, e precisa da contribuição de todos para travar a situação”, diz o ambientalista Santos Paulo.

Se existem, mais ninguém conhece o paradeiro das receitas arrecadadas no âmbito da actividade de exploração de areia e burgau que podiam ser revertidas, em maior percentagem, para as contas do Governo da província.

Uma fonte do Governo local disse a este jornal que há um processo de identificação das empresas envolvidas na exploração de minérios com licenças vencidas, dado que algumas delas simulam inactividade para se furtarem ao pagamento regular de impostos, o que disse configurar uma infracção fiscal grave.

Você não pode copiar o conteúdo desta página