O partido político angolano, Bloco Democrático, apresentou nesta quinta-feira, 27, em conferência de imprensa realizada hoje, na sede do partido na Vila Alice, uma denúncia sobre as vandalizações das sedes do Partido, nas províncias do Moxico, Lunda Norte e Luanda. Esta última, vandalizada alegadamente por elementos da JMPLA, braço Juvenil do partido que governa o país, no município do Cazenga.

“A Sede Municipal do partido no Cazenga, a nossa casa da cidadania, foi vandalizada em plena luz do dia por militantes afectos a organização juvenil do Partido MPLA, partido que suporta o Governo e como se não bastasse hastearam a sua bandeira na sede do Bloco, como se o BD fosse uma extensão daquela Partido”, acusou o secretário-geral do DB que disse aguardar o pronunciamento da polícia Nacional mediante a denúncia já feita.

Muata Sebastião, disse ainda que o DB tem acompanhado com “bastante” preocupação a situação política do País, e a que considerou “forma vergonhosa” como ela se caracteriza actualmente., referindo-se a intolerância política.

“Este modo de acção que os inimigos da cultura democrática assumiram, demonstra que a única cultura política que têm é o de não saber conviver na diferença e no pluralismo de opinião e manifestação, pelo que o crime com o recurso a intolerância é a única forma que têm para demonstrar autoridade”, disse o secretário-geral.

Para Muata Sebastião, estas práticas demonstram claramente a falta de maturidade política dos militantes e exímios respeito.

Na senda das vandalizações, as sedes da Lunda Norte e Moxico foram igualmente vandalizadas e saqueadas, tendo os invasores, ainda não identificados, levado os documentos e outros instrumentos de trabalho que se encontravam nas sedes das referidas províncias, assim com destruíram as portas e janelas.

Segundo Muata, há anos que parte da liderança do BD têm sofrido sérias perseguições, como aconteceu recentemente com o secretário Municipal do Cubal Henriques Guelengue, que se viu obrigado a abandonar a sua residência e família, tendo se refugiado em Luanda, porque estava em perigo a sua vida.

Diante destes factos, o BD condenou com veemência toda e qualquer prática de intolerância, sobretudo quando tem origem nos políticos.

“O País é intolerante porque é governada na base da intolerância. Não podemos continuar aceitar que políticos que se despiram dos bons valores continuam a fazer da anarquia a regra do jogo político, tornando deselegante a política e que com isso promove-se a promiscuidade intelectual, cujo ponto mais alto é a bajulação e a intolerância. Este é o perfil político e de governação que temos no nosso País”, desabafou.

O Secretário-geral, sublinhou que o BD jamais entrará no que considerou “jogo sujo” da intolerância e continuará a fazer o seu trabalho, “mesmo que isso irrite quem não tem cultura política elevada”.

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