Depois de ter avisado há alguns meses, na sequência dos resultados da avaliação externa efectuada às universidades e institutos públicos e privados que leccionam cursos de Saúde, a ministra do Ensino Superior, Ciência e Inovação, Maria Bragança, começou esta semana a informar as universidades que não deverão receber novos estudantes nos referidos cursos nos próximos dois anos lectivos.

Para já, conforme avançam algumas informações, as primeiras universidades avisadas são o Piaget, a UPRA e o ISPAJ quando se sabe que entre os públicos apenas uma universidade teve um curso aprovado.

Entretanto, segundo se sabe, de todas as universidades públicas com cursos de saúde, apenas a Mandume Ya Ndemufayo, no Lubango, viu um dos cursos aprovados.

As restantes sete universidades, incluindo a de Benguela, onde a própria ministra terá sido decana, também acabou chumbada. E não abrindo novas inscrições nos próximos dois anos lectivos, por saber está o que irão fazer os estudantes que tencionam fazer os referidos cursos inicialmente, assim como os que poderão reprovar no presente ano lectivo. Nem mesmo a Universidade Agostinho Neto teve os seus cursos aprovados, o que levanta até questões políticas sobre como a ministra deverá agir em relação a estas instituições públicas.

“Já não há empregos, a situação económica do país está mal. As pessoas nem dinheiro têm para levar ou enviar aos filhos que estão no exterior. Com essa medida o que o Executivo pretende”, desabafou um encarregado.

Pior de tudo, conta a fonte do Club-K, é saber-se também o que se vai fazer com os professores que estão a ser contratados, incluindo cubanos, com base em acordos feitos recentemente pelo Executivo.

A melhor saída seria deixar que as universidades eliminassem os erros apontados na avaliação e só depois é que se partiria para uma medida punitiva do género. É o que acontece noutros países, agora colocar os alunos numa situação em que tenham de ficar dois anos consecutivos sem estudar é um ato desumano, apesar das pretensões que o Executivo tenha.

Agora resta saber se vai acender mais esta fogueira, entre as várias já existentes, ou então se vai partir para uma medida mais acertada e pedagógica que não deixe de estilhaços sociais nem políticos para quem governa.

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