Os militantes, simpatizantes e amigos do MPLA, nas províncias do Uíge, Luanda, Kuanza Sul e Moxico classificam como “negativo” o desempenho dos Primeiros Secretários locais, marcado por uma gestão “com autoritarismo” e incompetência de mobilização de massas.

Segundo a fonte do Jornal Hora H, nas quatros províncias, indicam que os responsáveis máximos (primeiros secretários do MPLA), encontram dificuldades para reforçarem as estruturas de base e intermédias, tendo em vista os desafios eleitorais que se avizinham.

“O MPLA e o seu Executivo perderam terreno nestas regiões, porque não foram capazes de propor um modelo que governasse as grandes transformações que estamos a viver”, disse um membro do Bureau Político do MPLA que acompanha uma destas províncias, frisando que os responsáveis locais não foram capazes de promover um bem-estar no seio da população.

“Os resultados de actuação não são bons, o MPLA não está acrescer. É tempo de mudar. O MPLA nestas províncias, precisa se reconectar com as pessoas e com os grandes temas destes tempos” acrescentou.

Os primeiros secretários e ao mesmo tempo governadores, são criticados por não procurarem soluções credíveis para resolver os problemas que afectam as populações, disse a fonte ao Jornal Hora H.

“O desafio da construção de um País próspero, desenvolvido requer o envolvimento e esforços de todos angolanos. Mais nestas paragens, os governantes excluem os que querem ajudar, privilegiando amigos. Por isso, a população protesta a forma de actuação destes dirigentes”, disse o activista dos direitos humanos Costa Ramos Selica.

Das quatro províncias segundo apuramos, a situação inspira cuidados, no Uíge e Kuanza Sul e nestas duas províncias é “urgente” o Bureau Político do MPLA tomar medidas para se evitar o pior em 2027.

Os militantes e simpatizantes do MPLA no Kuanza Sul, esperam que a direcção central do partido faça um pronunciamento oficial desmarcando-se das recentes declarações do primeiro secretário do MPLA, Job Castelo Capapinha ao afirmar que: “E, por isso reafirmo, para ficar claro se o partido UNITA, por erro do povo, um dia for Governo neste País, os desvios ou os roubos do erário serão superiores aos que o MPLA está a combater”.

“É uma afirmação que descredibilizou o MPLA na nossa província. Por isso, solicitamos uma delegação ao alto nível para vir desmarcar-se desta afirmação que envergonha a nossa organização”, disse um membro da comissão executiva do comité provincial do MPLA no Kuanza Sul.

Segundo este membro, o partido não pode “pagar caro” nas próximas eleições, com essas declarações “irresponsáveis”, de um dirigente influente do MPLA no País.

Na província do Uíge, o secretário provincial da UNITA, Félix Simão Lucas, acaba de “asfixiar” o seu homologo do MPLA, José Carvalho da Rocha, que alegadamente tem mais atenção virada nas questões da sua Igreja os Tocoistas.

“A direcção do MPLA no Uíge tem que copiar o modelo de funcionamento como o da era, Anibal Rocha, como seu adjunto, o falecido “Vitoria Certa”, Pedro Diavova e Paulo Pombolo, que não davam ângulo de manobras a oposição. Caso contrário, não vala pena reclamarem nas próximas eleições”, avisam os membros do MPLA no Uíge.

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