O governador da província do Uíge, José Carvalho da Rocha, “encharcou”, na administração local do Estado, membros da sua Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo no Mundo (os Toquistas), liderada pólo Bispo Dom Afonso Nunes, o que está provocar uma onda de contestações.

Os administradores municipais de Maquela do Zombo, Puri, Ambuila e Alto-Caulale, os directores da Educação e Transportes, todos membros da igreja Toquistas, nomeados pelo governador provincial.

“Aqui ainda, não estão incluídos administradores municipais adjuntos e comunais. A administração local do Estado foi “assaltados pelos Toquistas”, queixam os habitantes locais.

Segundo os mesmos, o Executivo não tem desdobrado esforços,  por meio de adopção de um plano de emergência, para atenuar o elevado grau de constrangimentos existente nos mais variados domínios da vida social e económica da província.

A província do Uíge, segundo constatações, consta na última escala de menos desenvolvidas do País.

Além da guerra, que travou o desenvolvimento da região, a província beneficiou, de programas de maior impacto social e económico, para sair da linha da pobreza em que se encontra, mas a má gestão do erário público dos governantes que lá passaram contribuiu substancialmente para a sua degradação.      

“O fraco nível de crescimento económico, social e político nos municípios da província, bem como de infra-estruturas em todos os sectores da vida pública, preocupa os habitantes do Uíge”, reclamam.

 A falta de reabilitação e construção da estrada que liga os municípios e comunas na província do Uíge está a impedir a população em escoar os produtos agrícolas do campo para as cidades.

Os cidadãos residentes na província defenderam a implementação de políticas para retenção de quadros na região, com vista a contribuírem no crescimento económico e social desta circunscrição.

“Os bons quadros são marginalizadas e todos fogem para Luanda e em outras paragens em busca de melhores condições de vida. O Governo local não se preocupa”, lamenta a população.

“MPLA SEM PERNAS PARA ANDAR NO UÍGE”

Militantes, simpatizantes e amigos do MPLA temem que nas próximas eleições, o MPLA venha a ter resultados pouco animadores, face o fraco dinamismo da direcção do partido na região.

“A UNITA esta em expansão na província onde nas eleições de 2022, conseguiu eleger dois deputados. O trabalho partidário está fraco, porque a direcção do partido prefere isolar quadros influentes”, denunciou um membro da direcção do partido na província.

De acordo com os militantes, as estruturas de base estão fracas, sobretudo nas cidades do Uíge, Negage, e nos municípios de Maquela do Zombo, Puri, Ambuila, Bembe, Kimbele e Sanza Pombo.

Os militantes exigem que a direcção do partido, enquanto é sedo tomarem medidas, para contrapor o actual quadro.

“As pessoas não aparecem nos actos promovidos pelos responsáveis do parido locail, porque estão fartos de mentiras”, informou um militante que preferiu anonimato.

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