Ao que tudo indica, a paciência do Tenente-coronel das Forças Armadas Angolana (FAA), Daniel Neto, chegou ao limite, após mais de 7 anos de “luta” para ver resolvida a situação das terras que diz ser suas e dos camponeses, no Distrito Urbano do 11 de Novembro e Cidade Universitária em Luanda, invadidas alegadamente por figuras do aparelho do Estado Angolano e oficias da Polícia Nacional, denunciou o Director da Empresa Konda Marta em entrevista ao Jornal Hora H

Os camponeses da sociedade Konda Marta, que vezes sem contas acusam várias figuras do Estado angolano de invasores, estão a realizar, desde o sábado, 9.02, uma vigília nas imediações do Arquivo e História de Angola, bairro Camama, com objectivo de exigir do governador da província, Manuel Homem, administradores, Municipal e Distrital uma resposta sobre as denúncias apresentadas para a resolução do conflito existente desde 2016

Segundo o Director da Konda Marta, Daniel Neto, antes notificou o Governo Provincial de Luanda (GPL) sobre a realização do acto nos dias, 9 e 10 (sábado e domingo), mas uma vez que, findo o programa, não houve o pronunciamento das instituições que deviam intervir no caso, a vigilia vai se prolongar até o Governador Manuel Homem intervir na situação.

“ Fizemos as queixas nunca surtiram efeitos, no dia 16 de Janeiro fui notificado para apresentar as provas das pessoas que foram assassinadas, imagens das construções e o nome dos donos invasores, entre eles Manuel Pimentel, Eugénio Laborinho, Joaquim do Rosário e o Comandante Ribas, até hoje não temos nenhuma resposta, então nós só vamos sair daqui caso o Governador chamar os invasores e dar uma solução neste caso”, disse Daniel Neto ao Jornal Hora H

Neto, em entrevista ao Jornal Hora H, apelou à provedoria da justiça, PGR, IGAE e DNIAP, a não permitirem a presença de polícias no local para tentar intimidar os camponeses, caso contrário haverá uma revolta que poderá acabar em mortes.

“As senhoras vão continuar e não queremos aqui, nenhum outro órgão que não seja o governador da província de Luanda e as  administrações, porque a nossa paciência chegou ao limite… eu afirmo que se a polícia chegar aqui, vamos nos matar todos nós e depois não digam que é a oposição quem está a mandar”, alertou

O oficial das FAA que falou nas vestes de empresário, disse ser essa a última hipótese dada para a resolução desse conflito que ecoa desde 2016, onde já ceifou a vida de vários camponeses.

“Eu não estou a falar como militar, estou a falar como empresário, vamos usar catanas e o 4 de Fevereiro a nível de Angola vai se repetir aqui no 11 de Novembro. Se o Ribas insistir e enviar as tropas dele aqui, nós vamos queimar a patrulha e depois vem o que vier, vai haver mortes”, reiterou Daniel Neto Director da Konda Marta.

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