João Lourenço prometia um novo capítulo na história do país, caracterizado por transparência, prosperidade e eficiência na governança.

No entanto, em pouco tempo, seu mandato tornou-se alvo de críticas, culminando numa acentuada queda de popularidade que gerou intensa desconfiança na população angolana. Um dos principais motivos que contribuíram para essa desilusão generalizada foi a discrepância entre os discursos de João Lourenço e a realidade observada.

Ao adoptar uma postura agressiva, comparando-se desfavoravelmente ao seu antecessor, o presidente gerou expectativas elevadas quanto à sua capacidade de reverter os desafios económicos do país. Contudo, o que se testemunhou foi uma notável dificuldade em cumprir essas promessas, resultando num crescente desencanto por parte da população.

O argumento frequente de ter “encontrado os cofres vazios” tornou-se rapidamente uma desculpa desgastada, à medida que o país enfrentava uma deterioração persistente da sua situação económica. A incapacidade de reverter o cenário de pobreza extrema e implementar medidas eficazes para fortalecer a economia contribuiu significativamente para a perda de confiança na liderança de João Lourenço.

Outro factor que manchou a reputação do presidente foi a percepção de que sua governação estava fundamentada em falsas punições, em vez de uma abordagem construtiva. A falta de transparência e a aparente selectividade no combate à corrupção minaram a confiança do público, criando uma atmosfera de desconfiança generalizada.

Actualmente, a luta contra a corrupção é uma prática diária em todas as nações do planeta Terra, não sendo um mero programa de governo. Tudo indica que esta foi a via para punir opositores internos, tornando-se o principal instrumento de chantagem para membros do MPLA. Contudo, combater a corrupção tornou-se, paradoxalmente, um elemento divisor no partido que já estava dividido. O ponto culminante desse desencanto foi evidenciado nas últimas eleições, quando a população, descrente na capacidade de João Lourenço de liderar positivamente o país, optou por votar na oposição.

Isso foi particularmente visível em cidades-chave, como Luanda, Cabinda e Zaire. Este fenómeno reflecte não apenas a insatisfação generalizada, mas também a perda de confiança nas políticas e visão do actual presidente. Cada vez que a população vê e ouve o Presidente João Lourenço, perde a esperança de uma Angola boa para se viver.

Hoje, observamos uma população mais inclinada a emigrar, questionando se João Lourenço deseja ficar sozinho no país. Essa fragilidade na governação, caracterizada por um governo amador, abriu precedentes para que qualquer militante acredite ter a capacidade de liderar o partido, bastando ser pouco diplomático para ser tratado como um grande líder.

Da mesma forma que a população deixou de acreditar em João Lourenço, nem mais confia em suas palavras; seu rosto denuncia o desgaste. Em conclusão, a rápida queda de popularidade do Presidente João Lourenço é um reflexo directo das expectativas não atendidas e dos desafios não superados durante o seu mandato.

O desencanto generalizado da população, manifestado na escolha da oposição, é um sinal claro de que a governação actual enfrenta uma profunda crise de confiança. Resta agora ao Presidente Lourenço esperar pelo término do seu mandato, mas não há garantias de aplausos para suas indicações, uma vez que a teoria da indicação, antes promovida por JES, agora é vista com desconfiança pelos militantes, que hoje esperam apenas candidaturas internas para preservar a integridade do processo eleitoral.

Movimento Amo Angola

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