O ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, o único sobrevivente da administração do malogrado Presidente, José Eduardo dos Santos, que continua no Governo do actual, Chefe do Estado, João Lourenço, está a sofrer “ duros golpes”, no sector que dirige, com a constante vandalização de postes de alta tensão a nível do todo País, diz a fonte do Jornal Fax.

Analistas que consideram, João Baptista Borges “uma pessoa muito competente” e com “profundo conhecimento dos assuntos” do sector que dirige, alertam que a sabotagem envolve alegadamente, alguns funcionários da ENDE.

“João Baptista Borges é um ministro muito competente neste momento difícil. O seu sector cresceu bastante. Face a situação, pessoas de má estão inviabilizar suas acções com a constante vandalização de postes de alta tensão a nível do todo País”, disse o economista, Salomão Sicato frisando que muitas destas pessoas não estão longe.

De acordo com este economista, o vandalismo de material electrico estão causar perdas de milhões de dólares que o Governo investiu neste sector.

Para o economista, a província de Luanda, particularmente a sua capital com o mesmo nome, ocupa a primeira posição em termos de vandalização e roubo de material eléctrico, pelo menos até o ano passado, se comparado com as restantes províncias do País.

O sociólogo Ramiro Fiety, diz que para a luta contra os sabotadores registar um sucesso assinalável, deve contar o apoio incondicional dos governos provinciais, líderes comunitários, Polícia Nacional entre outras forças vivas da sociedade.

“A colaboração de todos e vigilância no combate à vandalização de infra-estruturas eléctricas é urgente”, avançando que estes actos de vandalismo causam prejuízos não só aos utentes, como também à empresa, que é obrigada a fazer o desvio de aplicação dos fundos que eram destinados à expansão da rede eléctrica para mais angolanos, para repor os sistemas danificados.

Para o economista, Eduardo Bota, os actos de vandalismo da rede de iluminação pública continuam a ser uma das preocupações do sector, por criarem despesas avultadas ao Estado e deixarem as vias às escuras.

“Os constrangimentos que têm registado são consequência da vandalização dos bens, consubstanciados no roubo de cabos, bem como acidentes de viação que danificam os equipamentos, causando a falta de iluminação nas áreas afectadas”, acrescentou.

De acordo com o economista, na província de Luanda, por exemplo, segundo as estatísticas da ENDE, os municípios de Viana (zonas do BCA e Bela Vista), em Cacuaco nas zonas da antiga Testang, Sonef, mercado do Kikolo, e em Camama, são as áreas em que mais acontecem estas práticas.

“Em N`Dalatando, o negócio de cabos eléctricos também tem sido sustentado pelo material que as empresas públicas e privadas montam para suprir os problemas de fornecimento de energia. Naquela cidade, o roubo de cabos eléctricos envolve até a participação de funcionários da própria ENDE”, referiu.

Recentemente, o próprio ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, disse, ser assustador o nível de vandalização de cabos eléctricos da rede nacional de distribuição de energia em quase todo país.

Segundo o ministro, este problema regista-se em quase todas as províncias do ciclo combinado, quer do Soyo, Malanje, Kwanza Norte quer do Huambo.

Sem avançar números, o governante referiu que o Estado perde grandes somas de dinheiro para repor o material.

Para tal, João Baptista Borges defendeu a necessidade dos governos provinciais juntarem sinergias, no sentido de sensibilizar as comunidades sobre esse mal, que prejudica a todos.

Além dos cabos, o ministro queixou-se também da vandalização dos Postes de Transformação (PT) em algumas províncias do norte do país.

Fonte: Jornal Hora H

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