Angola melhorou substancialmente no Índice de Percepção da Corrupção da Transparência Internacional 2023, divulgado hoje, terça-feira, dia 30, subindo de 5 lugares, fixando-se na 121 posição. 

O país subiu 14 pontos desde 2019 devido às medidas anticorrupção, que aplicou “de forma consistente”, fixando-se no 121.º lugar no Índice de Percepção da Corrupção, alcançando 33 pontos numa escala que vai dos zero aos 100, segundo a edição deste ano, elaborado pela organização não-governamental Transparência Internacional.

Em termos estatísticos, Angola melhorou 14 pontos desde 2019, fixando-se no 121.º lugar entre 180 países e territórios e, na região da África subsaariana, no 21.º entre os 49 países considerados. 

O relatório destaca que o país adoptou medidas anticorrupção, que aplicou “de forma consistente” para recuperar bens roubados e responsabilizar abertamente os alegados autores através dos sistemas judiciais nacionais. 

Angola fixou uma estratégia anticorrupção para o período de 2018-2022 e estes esforços, juntamente com outras reformas judiciais, conduziram à recuperação de 3,3 mil milhões de dólares em activos pelo fundo soberano, acrescenta-se no documento. 

A investigação e a acção penal contra altos funcionários culminaram também na recuperação de cerca de 7 mil milhões de dólares em activos financeiros e tangíveis.

A tendência nos últimos cinco anos traduziu-se numa subida de sete pontos, e considerando os últimos 11 anos, a melhoria é ainda mais significativa: 11 pontos.

MOÇAMBIQUE E SÃO TOMÉ DESCEM, GUINÉ E CABO-VERDE SOBEM

Analisando os restantes PALOP’s registaram subidas, mas também descidas. 

Moçambique desceu cinco lugares e é o 35.º Estado mais corrupto entre os 49 países considerados da África subsaariana, segundo o relatório. Moçambique passou para 147.º, entre 180, alcançando 25 pontos numa escala que vai dos zero aos 100. A tendência de Moçambique nos últimos cinco anos traduziu-se na perda de um ponto e considerando os últimos 11 anos perdeu seis.

São Tomé e Príncipe desceu três lugares e é, entre os 49 Estados considerados, o 7.º país menos corrupto da África subsaariana, de acordo com relatório. A edição deste ano mostra que São Tomé e Príncipe passou para a 68.ª posição, entre 180, alcançando 45 pontos numa escala que vai dos zero aos 100. A tendência de São Tomé e Príncipe nos últimos cinco anos traduziu-se na perda de um ponto e considerando os últimos 11 anos averbou mais três pontos.

A Guiné-Bissau subiu um lugar e é o 40.º país mais corrupto entre os 49 países da África subsaariana. No índice global, o país subiu para 160.º – entre 180 países e territórios, alcançando 22 pontos numa escala que vai dos zero aos 100, segundo o documento. A tendência da Guiné-Bissau nos últimos cinco anos traduziu-se numa subida de quatro pontos, mas considerando os últimos 11 anos perdeu três. 

Já Cabo Verde é o segundo país menos corrupto da África subsaariana – depois das Seychelles –, e o 30.º entre os 180 Estados e territórios considerados, no relatório. O país obteve 64 pontos e o relatório destaca-se que Cabo Verde aprovou recentemente uma lei que cria uma plataforma electrónica para os operadores judiciários, “a fim de reduzir atrasos e processos pendentes”. A tendência nos últimos 2 / 2 cinco anos traduziu-se numa subida de seis pontos, e considerando os últimos 11 anos, a melhoria foi de quatro pontos.

Você não pode copiar o conteúdo desta página