Pelo menos 53 obras do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM) em Malanje, fracassaram, porque o único empreiteiro naquela circunscrição, depois de receber as verbas pouco ou quase nada fez e desapareceu.

As poucas obras erguidas são de má qualidade.

Uma fonte ligada ao Governo Provincial de Malanje, afirmou que o único empreiteiro envolvido nas construções na província é o consultor do antigo governador Kwata Kanawa, Pedro Cunha, que aproveitando-se do cargo e conhecendo os administradores criou um esquema para ficar com as obras do PIIM.

O nosso contacto indicou que as empreitadas entregues a Pedro Cunha foram pagas, mas de má-fé preferiu não efectuar qualquer obra.

“As obras do PIIM, em Malanje, estão em execução há mais de dois anos e os prazos estão vencidos, faltando ainda muito para a sua conclusão. Podemos dizer que o fracasso do PIIM em Malanje é da responsabilidade de Pedro Cunha e nesta altura está foragido da cidade”, acusou, revelando que por esta altura o mesmo empreiteiro “se encontra em Luanda a usufruir do dinheiro resultante dos orçamentos das obras” o acabamento, mas nesta altura estão em abandono.

 Em Massango as obras de terraplanagem de 142 kilómetros de estrada de acesso as comunas de Quihulu e Quinguengue e da construção de uma escola de 12 salas, um posto de saúde e um fontenário de água foram abandonadas pela empresa comercial Dala – Ganga.

A fonte garantiu também que a escola ficou orçada e paga na integra por 122 milhões de kwanzas foi simplesmente abandonada sem qualquer justificação, ao passo que o trabalho de terraplanagem ficou avaliado em 501 milhões de kwanzas.

Em 2022, Pedro Cunha, comunicou a Administração Municipal de Massango que iria interromper por alguns dias para férias de Natal, porém, não mais regressou.

Uma finta Estranhamente, com 122 milhões de kwanzas Pedro Cunha fez apenas a desmatação da estrada.

“O empreiteiro foi notificado várias vezes, mas sem sucesso, por isso vai ser responsabilizado judicialmente, sendo que o processo já foi remetido a Procuradoria-Geral da República’’, realça.

Note-se que desde que foi lançado o PIIM, Malanje é a única província do país que não conseguiu inaugurar qualquer infra-estrutura.

Contactado por telefone na última quarta- -feira 20, Pedro Cunha, confirmou ao Jornal Pungo a Ndongo que é empreiteiro em Malanje de algumas obras relacionadas com o PIIM. Mas não entrou em mais detalhes e de seguida desligou o telefone.

Toda o esforço de voltar a contacta-lo sairam gorados.

Simplesmente ignorou as nossas chamadas e mensagens no telemóvel.

Em cada município, o acusado “recorria aos seus amigos também empreiteiros, pedia as suas licenças de construção e apresentava aos administradores municipais e lhe sediam as empreitadas e em todas as municipalidades a fiscalização era da sua autoria, ou seja, era o construtor e fazia a fiscalização a si mesmo”. Que obras são estas?

Deveriam acontecer as obras de terraplanagem em alguns municípios e algumas empresas foram contratadas para construírem os edifícios autárquicos, escolas, postos médicos, entre outras infra-estruturas.

Estas receberam o dinheiro e abandonaram sem apelo nem agravo as respectivas obras. Soube-se que o governador Marcos Nhunga, desde que tomou conta da província e se apercebeu dessa situação anda muito desapontado.

Com apenas 49 projectos do PIIM concluídos dos 133 adjudicados a província é a que mais cuidados inspira do Executivo, tendo em conta a existência de projectos já pagos na totalidade, mas que se encontram paralisados, havendo então um saldo negativo de 53 projectos paralisados.

A fonte disse ainda que as administrações municipais já rescindiram os contratos com todas as empresas incumpridoras detidas pelo cidadão luso Pedro Cunha, visando a mudança do quadro, augurando que o mesmo venha responder judicialmente pelos seus actos.

“A empresa Dala – Ganga, detida por Pedro Cunha foi a que mais obras recebeu em Malanje, e não sabemos quais foram os benefícios das administrações municipais”, salientou a nossa fonte, dando o exemplo do Parque Infantil Pioneiro Zeca cuja obra foi consignada há três anos e paga na totalidade, mas o recinto apenas está vedado e não há mais nada.

Esta obra está a cargo da empresa Compact. Por sua vez, a Queiroz Ribeiro, no município do Quirima, ficou com cinco empreitadas pagas que seriam, a construção de um centro médico na comuna de Sautar, uma escola de seis salas, um ciber café, um parque infantil, um fontenário e a terraplanagem da vila.

No município de Calandula a terrapanagem, estava a cargo da Diesu, e o centro polivalente e uma escola seria da alçada da Angel- -Power, receberam 90 por cento das verbas e nunca mais apareceram.

No município do Quela a empresa Bentopox deveria construir alguns projectos sociais apenas se concluiu uma única escola com 6 salas de aulas e faltam 19 por concluir, é o que regista o grau mais baixo de execução. Já no município do Mucari das 10 obras contempladas no âmbito do PIIM, três estão concluídas e 7 encontram-se na fase.

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