O incumprimento das promessas feitas aquando da celebração do contrato para aquisição de residências, no Condomínio Vila Lisboa, no Zango 4, levou alguns moradores a exigirem mais atenção na transparência do processo.

Os moradores acusaram o proprietário do condomínio de burlar os candidatos à compra de residência, por renda resolúvel, ao não entregar as casas conforme celebrado no contrato.

O Condomínio Vila Lisboa, localizado no zango 4, município do Viana, em Luanda, foi idealizado para albergar 1.311 residências, mas no momento tem apenas 911 casas, comercializadas por renda resolúvel.

O condomínio tem 60 casas habitadas com a intervenção dos moradores, mas em todas falta a energia eléctrica, água potável e saneamento básico, com base no relato dos moradores.

De acordo com os moradores, as residências inacabadas começaram a ser comercializadas, inicialmente a cinco milhões de kwanzas, mas depois o valor subiu para 12 milhões, com a garantia de ser entregue aos clientes no prazo de seis meses, por uma renda resolúvel de três a dez anos e pagamentos mensais de 10 mil kwanzas.

Teresa da Costa, moradora desde Março de 2021, lamentou o facto de estarem a viver tal situação. “As promessas não foram cumpridas, que se traduziu na cobrança pelas infra-estruturas como energia, água, saneamento básico e jardinagem, que custou 1 milhão de kwanzas, por cada lote. Até o momento não foram implementadas”.

A moradora disse que caso não pagasse esse valor, não teria recebido o contrato da casa. “Pagámos a infra-estrutura há mais de dois meses, e até agora não foram criadas as condições merecidas. Estamos a viver mal”, disse.

Teresa da Costa explicou que a energia eléctrica para os moradores do condomínio, ainda é um problema, pois apresenta riscos de electrocussão por ser subterrânea, principalmente em épocas chuvosas.

A única cabine instalada pelo proprietário do condomínio, esclareceu, fornece electricidade aos moradores ao custo de 250 mil kwanzas para a taxa de ligação e dez mil mensalmente, com todo o material por conta do morador.

O descontentamento dos moradores inclui também com a obrigatoriedade do pagamento mensal. por cada morador e familiares, de cinco mil kwanzas para o acesso à entrada para todas as famílias residentes, a partir dos 12 anos, e um valor de sete mil kwanzas para a segurança do condomínio. Com um depósito de 100 mil kwanzas mensais, durante 10 anos, os moradores foram proibidos de efectuarem obras nas residências por alegada dívida.

REFUTADAS AS ACUSAÇÕES

O director-geral adjunto do Condomínio Vila Lisboa disse não corresponder com a verdade, a entrega de residências sem condições aos moradores, justificando que os clientes não aceitam depender do cronograma de execução das obras feitas pela empresa executora das obras.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você não pode copiar o conteúdo desta página