Uma jovem identifica apenas por Carolina, suposta amante do Ministro de Estado e Director do Gabinete do Presidente da Republica, Edeltrudes Maurício Fernandes Gaspar Costa, é apontada de estar na origem do encerramento do Restaurante Delicia Madalena, no Zango2 em Luanda, por este espaço comercial estar junto da casa da Carolina, e colocar musica alta.
O encerramento repentino do restaurante Delícias da Madalena, um dos primeiros espaços de referência gastronómica do Zango 2, desde 2015, volta ao centro do debate público após denúncias que apontam para uma alegada interferência de Edeltrudes Maurício Fernandes Gaspar Costa, atual ministro de Estado e diretor do Gabinete do Presidente da República. As acusações, de natureza passional e ainda não esclarecidas judicialmente, envolvem relatos de intimidação, abuso de poder e violação de direitos laborais.
Segundo fontes ouvidas pela nossa equipa, à época o restaurante funcionava nas imediações da igreja católica do Zango 2, próximo ao Banco BIC, destacando-se pelo nível de investimento, luxo e forte adesão do público, sobretudo às sextas-feiras e sábados, dias em que havia música ambiente no interior do estabelecimento.
Ao lado do restaurante existia uma residência do tipo T3, aparentemente desabitada, mas que, de acordo com relatos de moradores e antigos trabalhadores, seria ocupada por uma jovem identificada apenas como Carolina, apontada como alegada companheira do então alto dirigente do Estado. Ainda segundo as mesmas fontes, Edeltrudes Costa frequentaria a residência sobretudo no período noturno.
O conflito teria começado quando a jovem entrou em contacto com o proprietário do restaurante, o empresário português António Paulo, solicitando que a música fosse desligada a partir das 19 horas nos dias de maior movimento. O empresário recusou, alegando que a música fazia parte da experiência oferecida aos clientes e que o som não era reproduzido no exterior, mas apenas no interior do espaço.
Dias depois, de acordo com o relato do próprio empresário a pessoas próximas, António Paulo teria sido abordado por indivíduos desconhecidos, levado à força até às margens do rio Calumbo e ameaçado de morte, sendo-lhe imposto o encerramento definitivo do restaurante. Não há registo público conhecido de processo judicial relacionado com este episódio, o que levanta ainda mais dúvidas sobre o ocorrido.
Funcionários do Delícias da Madalena relatam que, no dia seguinte ao alegado sequestro, toda a mobília foi retirada do restaurante e o espaço encerrado sem qualquer aviso prévio ou indemnização aos trabalhadores. O fecho ocorreu em março de 2015, precisamente quando o empresário se preparava para organizar um evento especial alusivo ao mês da mulher.
Após o encerramento, a jovem mencionada nas denúncias teria abandonado a residência, deixando no local apenas um familiar, que ali permanece até hoje. Desde então, o restaurante nunca mais reabriu.
Fontes próximas afirmam que António Paulo evita falar sobre o assunto. Pessoas que tentaram negociar o aluguer ou a compra do espaço relatam que o empresário se emociona, chora e demonstra profundo abalo sempre que o nome Delícias da Madalena é mencionado.
Até ao momento, Edeltrudes Costa não se pronunciou publicamente sobre estas alegações. A nossa redação continuará a tentar ouvir todas as partes envolvidas, respeitando o princípio do contraditório.
Segundo informações apuradas, novas atualizações estão previstas a partir de janeiro de 2026, incluindo vídeos e depoimentos que poderão lançar mais luz sobre um caso que, mais de uma década depois, contínua envolto em silêncio, medo e perguntas sem resposta.
