A demolição do edifício da antiga Fábrica de Algodão do Planalto (FAPA), no Huambo, vai custar mais de 3,5 mil milhões de kwanzas e deverá estar concluída dentro de seis meses, informou ontem o Governo Provincial.

O processo foi formalmente iniciado com a assinatura do auto de consignação da empreitada.

A operação, considerada de elevada complexidade técnica, recorrerá a equipamentos especializados, entre os quais britadores de laje, serra de fio diamantado, gruas e máquinas de corte e soldagem, segundo a nota oficial.

O imóvel, de 13 andares, encontra-se em estado avançado de degradação, representando risco para a segurança da população.

 Durante décadas, foi um marco arquitectónico da cidade, mas a sua remoção abre caminho a novos projectos de urbanismo e habitação integrados no programa nacional de modernização do parque edificado.

Na cerimónia de consignação, o ministro das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação, Carlos Gregório dos Santos, recordou que o levantamento realizado em 2019 identificou mais de 500 edifícios em todo o país com condições estruturais críticas.

Sublinhou ainda que, apesar da carga simbólica do edifício da FAPA, será estudada uma solução que permita preservar a memória colectiva do espaço, eventualmente através de uma réplica ou de uma nova estrutura de inspiração semelhante.

O governador provincial do Huambo, Pereira Alfredo, destacou, por seu turno, a necessidade de intervenções mais amplas no património urbano da cidade, sublinhando que várias infra-estruturas carecem de restauração ou substituição.

De acordo com dados oficiais, o edifício albergava 132 famílias e a empreitada, sob tutela do Ministério das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação, está orçada em 3.583.200.205,70 kwanzas.

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