A liderança dos “12 Mais Velhos” da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo no Mundo (Tocoísta) veio a público acusar Dom Afonso Nunes de ser um “intruso e usurpador” da instituição religiosa, alegando que a sua atuação desde o ano 2000 é ilegítima e um atentado aos direitos da Igreja.
Numa declaração feita à imprensa, um porta-voz da liderança dos 12 Mais Velhos afirmou categoricamente que Dom Afonso Nunes “não é reconhecido como membro Tocoísta” pela estrutura legítima da Igreja. “De princípio, é uma usurpação que ele vem fazendo a partir do ano 2000”, sublinhou o orador, apontando para uma alegada tomada de poder indevida.
A Igreja Tocoísta, segundo o porta-voz, foi “relembrada” em 1949 e entrou em Angola em 1950, um período em que Dom Afonso Nunes “nem sequer estava nascido”. Esta cronologia é usada para descredibilizar qualquer reivindicação de legitimidade histórica por parte de Afonso Nunes.
“Se ele hoje se intitula como representante de todos os Tocoístas, deveria sim vir junto dos 12 Mais Velhos para poder dizer isso”, desafiou o porta-voz, lamentando que tal não tenha acontecido.
Embora a “guerra” da Igreja seja “espiritual”, o porta-voz sublinhou que a usurpação dos direitos da instituição não será tolerada. “Principalmente aquele que quer usurpar os direitos da nossa Igreja, aí sim, nós vamos a isto”, declarou, citando a Bíblia: “falar a verdade e a verdade vos libertará.”
A liderança dos 12 Mais Velhos revelou que Dom Afonso Nunes já recebeu documentos e informações alertando-o para as consequências legais das suas ações. “Quem o faz é um criminoso”, afirmou o porta-voz, sublinhando a gravidade da situação.
Neste sentido, a Igreja Tocoísta apela ao Estado angolano, ao governo e a todas as instituições estatais para que “velem, pautam e façam sentir a ordem da justiça angolana”, garantindo a proteção dos direitos da Igreja e a aplicação da lei contra o que consideram ser uma intrusão e usurpação.