As obras de requalificação urbanística da área adjacente ao rio Lucola do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), em Cabinda, executada sob a governação de Mara Quiosa e inaugurada pelo então governador Marcos Nhunga, orçadas em 427 milhões de Kwanzas, encontram-se em estado de completa deterioração, em menos de 2 anos após a sua inauguração.

Sob o comando da empresa Tecnovia Angola, no cômputo, as obras contemplavam ciclo vias, passeios, plantas e tantos outros detalhes que o tornariam numa zona turística, conforme descrito no projecto que Jornal Hora H teve acesso. Contudo, o que se vislumbra, na prática, é a própria descrição de um lugar que perdeu a graça, num estado de completo despreso por parte dos gestores públicos.

Para o ativista Nfumu Buala Geraldo Costa, mais do que uma obra de má qualidade, é, puramente, um improviso para apenas tapar os olhos da população.

“Eu acredito que esse dinheiro foi mal investido aqui. O que se fez aqui foi só para tapar a vista”, disse.

Por isso, defende que, Mara Quiosa, Marcos Nhunga e o administrador municipal de Cabinda, Luís Avelino Yebo, devem ser responsabilizados pela má gestão deste bem público.

“O governo tem de se pronunciar acerca do Lucola, porque aqui houve fundos públicos, para nós podermos perceber o que é que se passou aqui nesse empreiteiro. A empresa responsável pelo projecto também pedimos o vosso pronunciamento, porque essa obra foi avaliada em 427 milhões de Kwanzas”, apelou o ativista.

Entretanto, garantiu a formalização de uma petição pública para responsabilizar criminalmente tanto as empresas como os gestores públicos envolvidos no caso.

“Diziam que deveria se criar uma pedonal”, contudo, improvisaram uma ponte hilariante, que, como o ativista apurou, foi oferecida por uma empresa privada. “O projecto contemplava uma pedonal grande”, contou.

“O projecto no papel estava bem bonito, mas o estado de degradação, na prática, é grande”, lamentou.

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