O bispo da Diocese de Cabinda, Dom Belmiro Chissengueti, apelou, quinta-feira, nesta cidade, às autoridades competentes no sentido de reforçarem os mecanismos de combate à imigração ilegal na região.

Em declarações à imprensa, no final de um encontro com a nova governadora provincial de Cabinda, Suzana de Abreu, o prelado católico sugeriu o reforço de patrulhamento ao longo do perímetro fronteiriço com os países vizinhos (RDC e Congo), para desencorajar esse fenómeno, que, no seu entender, começa a ganhar contornos alarmantes.

Dom Belmiro Chissengueti considerou a fronteira que separa a província de Cabinda da República Democrática do Congo (RDC) como sendo a mais vulnerável, onde cidadãos deste país vizinho violam sistematicamente a linha divisória.

“Hoje em Cabinda temos assistido a muitos actos criminais praticados, na sua maioria, por cidadãos dos paises vizinhos, com realce para os da RDC”, referiu.

O bispo pediu também à população residente ao longo da fronteira a continuar a colaborar com as forças de Segurança e Ordem Interna na denúncia de imigrantes ilegais, que todos os dias entram no território nacional.

Informou que durante a audiência abordou, igualmente, com a recém-nomeada governadora, aspectos que se prendem com a reabilitação da estrada que liga Yema ao Alto Sundi, assim como outros assuntos relacionados com o desenvolvimento socioeconómico de Cabinda.

A província de Cabinda, Norte de Angola, partilha 624 quilómetros de fronteira com os dois países vizinhos (RDC e Congo).

Suzana de Abreu foi apresentada oficialmente há dias, numa cerimónia orientada pelo ministro da Administração do Território, Dionísio da Fonseca, no Centro Cultural Chiloango, na cidade de Cabinda.

Segundo a nova governadora de Cabinda, nessa espinhosa e nobre missão que agora assume, o seu pelouro vai contar sempre com a participação de todos, “cada um a seu nível e no seu lugar, de modo a garantir melhor qualidade de vida às populações”.

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