A província do Zaire é uma das menos desenvolvidas de Angola, apesar de produzir cerca de 80 por cento do petróleo, principal produto de exportação. É caso para dizer que Zaire, ainda fica longe.

FONTE: PUNGO A NDONGO

Conversas avulsas e à boca pequena dizem que Zaire, à guisa de Cabinda, recebiam uma percentagem das receitas do ouro negro do Orçamento Geral do Estado (OGE), na ordem de dez por cento, para impulsionar o desenvolvimento local.

Terá sido assim no governo do ex-Presidente da República, José Eduardo dos Santos. Os vários governadores que por lá passaram, dizem os cidadãos, maioritariamente filhos da terra, pouco ou nada fizeram para tirar a província do marasmo em que se encontra e dar-lhe um novo rumo, apesar dos apoios que sempre tiveram do Governo Central.

No Zaire, Ludy Kissassunda, Pedro Sebastião, Joannes André e Pedro Makita Júlia, são referenciados pela população como não tendo feito grandes avanços em vários sectores da vida da província, durante o tempo em que lhes foi confiada a missão de governá-la, mesmo com os recursos financeiros e humanos à disposição e conhecendo os problemas locais.

Deste quarteto de governadores, fala-se em ‘despenalização’ de Pedro Makita, que, Província esta longe do desenvolvimento, apesar que o Zaire é uma das menos desenvolvidas de Angola, apesar de produzir cerca de 80 por cento do petróleo, principal produto de exportação.

É caso para dizer que Zaire, ainda fica longe de gabinete, o único ‘pecado’ que cometeu é não ter seguido à risca o que prometeu fazer quando fez o juramento por altura do empossamento pelo Presidente da República, no Palácio da Cidade Alta, como comentam seus colegas no Governo da Província do Zaire.

Associa-se a esta situação, o facto de o MPLA, de que foi o primeiro secretário provincial, ter sido quase suplantado pela UNITA, ao ganhar dois deputados nas últimas eleições naquele pequeno mas influente círculo eleitoral, onde, desde 1992 até 2012, sempre superou os seus adversários.

A derrota, segundo analistas políticos, foi justificada como tendo faltado trabalho, não só do primeiro secretário, mas também dos seus militantes e cabos eleitorais, que terão minimizado o seu principal concorrente.

Os sucessivos governadores que dirigiram a província, na sua maioria filhos da terra, dizem os cidadãos, pouco ou nada fizeram para tirar a província do marasmo em que se encontra” “ contrário de outros, fez aquilo que esteve ao seu alcance, e o seu antecessor, Joannes André é mencionado como tendo sido o pior dirigente que passou pela província.

Makita, um velho quadro de Ludy e antigo colaborador principal, tendo sido seu director de gabinete, o único ‘pecado’ que cometeu é não ter seguido à risca o que prometeu fazer quando fez o juramento por altura do empossamento pelo Presidente da República, no Palácio da Cidade Alta, como comentam seus colegas no Governo da Província do Zaire.

Associa-se a esta situação, o facto de o MPLA, de que foi o primeiro secretário provincial, ter sido quase suplantado pela UNITA, ao ganhar dois deputados nas últimas eleições naquele pequeno mas influente círculo eleitoral, onde, desde 1992 até 2012, sempre superou os seus adversários.

A derrota, segundo analistas políticos, foi justificada como tendo faltado trabalho, não só do primeiro secretário, mas também dos seus militantes e cabos eleitorais, que terão minimizado o seu principal concorrente.

“OS SUCESSIVOS GOVERNADORES QUE DIRIGIRAM A PROVÍNCIA, NA SUA MAIORIA FILHOS DA TERRA, DIZEM OS CIDADÃOS, POUCO OU NADA FIZERAM PARA TIRAR A PROVÍNCIA DO MARASMO EM QUE SE ENCONTRA”

Apesar da derrota, o presidente do partido, que também é o da República, João Lourenço, deu-lhe uma ‘moratória’ ao ser ‘despachado’ para o Cuanza Norte, onde ocupou o mesmo cargo, incluindo o de governador, durante um ano e poucos meses, até ser exonerado recentemente, ou seja, poucos dias depois de um escândalo de corrupção ocorrido naquela circunscrição no sector da Educação.

TUDO QUASE PARALISADO

Com a excepção da estrada que liga os municípios do Nzeto-Soyo, Nzeto-Tomboco- -Mbanza Congo, da capital da província para os outros municípios (Cuimba-Nóqui) e suas respectivas comunas, que se faz aos solavancos, por causa das péssimas vias que reclamam recuperação parcial ou total, ao longo do consulado dos ex-governadores, quase tudo estava parado.

A população, sobretudo a juventude, questiona nas conversas de esquina sobre “as realizações mais marcantes” que os governadores que por cá trabalharam terão feito, durante os seus longos consulados, por sinal filhos da terra que conheciam as prementes necessidades das populações.

LUZ NO FUNDO DO TÚNEL                                                                              

Com a entrada do novo governo saído das eleições gerais de 2017, segundo constatou o Pungo a Ndongo, começou a se vislumbrar uma ‘luz no fundo do túnel’ na província, com a concretização de vários projectos sociais e económicos na carteira do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM).

Com este plano, foi possível construir mais escolas, hospitais, esquadras para a Polícia Nacional, reabilitação de várias infra-estruturas secundárias e terciárias, antes nunca vistos, e hoje estão a conferir alguma dignidade às populações.

É neste âmbito que a cidade de Mbanza Congo vai ganhar um novo hospital provincial, de raiz, para dar resposta à demanda, para evitar que muitos cidadãos procurem os serviços de saúde noutras localidades, como na vizinha província de Cabinda, em Luanda, ou deslocar-se à República Democrático do Congo (RDC), para tratamento médico.

De entre as várias infra-estruturas de ponta, está também em construção o novo aeroporto de Mbanza Congo, em substituição do actual, que, segundo especialistas, já não garante segurança para a navegação.

Além destes, há vários projectos em curso, não só na capital da província, mas também em todos os municípios, todos inseridos no PIIM, e alguns já foram inaugurados, como são os casos da água, energia eléctrica, só para citar estes.

INDÚSTRIA

 Neste sector, a excepção da indústria petrolífera no município do Soyo, o Zaire não tem um parque industrial de grande monta, embora possua condições para o efeito, segundo declarações de empresários que, em várias ocasiões, desabafaram à imprensa.

Matondo Pedro Maria, natural do Soyo, mas a residir em Luanda, há mais de 30 anos, diz que a província do Zaire possui potencialidades para a construção de um parque industrial, mas parece que a ideia foi sempre inviabilizada por razões pouco claras.

“A província é fértil em quase tudo, e a construção de um parque industrial seria bem-vinda para potencializar a economia local, mas não é isto que está a acontecer”, sublinha, para quem o município do Soyo não é o único que possui condições para um parque industrial.

Além do Soyo, defende que se façam mais estudos para a projecção de outros pólos industriais na província, para criar mais postos de trabalho e reduzir os altos níveis de desemprego.

“O número de desempregados na província é muito alto. Aliás, em todo o país, por isso acho interessante que se pense em expandir mais pólos industriais”.

HOTELARIA E TURISMO

Estes dois sectores precisam de um grande impulso tanto do Estado como do sector privado, na medida em que ainda não se faz sentir o impacto que se precisa, para acudir à demanda, por exemplo na oferta de quartos nas unidades hoteleiras.

 Quanto ao turismo, a província possui locais turísticos, de alto nível , que não fica a dever de outras latitudes, como as lindas praias do Nzeto, e outros sítios de lazer, mas alguns estão subaproveitados por falta de investimentos, porque os proprietários encontram dificuldades na banca para obter crédito e fazer mais.

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